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V - Antigas Tradições de Sangue, Fogo e Trevas!
Entre os seios sinto o sangue
Em explosões de excitação,
Correndo como lençóis freáticos
Para o poço dos desejos minar,
Tingindo as águas de vermelho
Para o sangrento ritual lutuoso
De sacrifício, amor e morte
Escrito no litúrgico mistério de ser mulher
– ritual mensal de ruptura de selos mágicos
que protegem a vida e a fertilidade feminina!
Com chamas desenham
Os Elementais para proteção
Selos em meu sofrido coração,
Para mantê-lo imune aos insidiosos
Homens e livre do ardiloso amor
– não mais serei sua escrava;
não mais serei esmagada
pela dureza dos corações
que me são negados!
Desfrutarei das delícias
Da alcova sem riscos,
Sem temores, sem pudores,
Sem paixões e amores,
Totalmente liberta – livre!
Das antigas tradições da Tessália
Trago a magia que arde no interior
Dos meus fartos seios,
Do lado oculto da lua,
Dos mistérios que guardam
O lado oculto da mulher,
Da lua negra celebrada
Mensalmente no ventre,
Da lua de sangue na vida eclipsada!
Mas hoje minha Ordem Mágica
Sofre influências da Magia Celta,
Da Magia Hebraica e de tantas outras,
Pois ao longo de milênios é impossível
Os olhos fechar às mudanças do mundo,
Permanecendo incólume às suas cores!
Afinal, a Magia é universal – uma só –
E se manifesta e expressa acompanhando
A diversidade cultural e a época!
“A Lua é a mesma para todos
E em todos os tempos”,
Diz a antiga tradição!
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Esse Poema é parte integrante do Poema "O RITUAL".