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<< Cena II (Ato I) – Feitiçaria.
ATO II
(Clareira Infante)
Cena I – Aparência Bucólica.
Exaurido e satisfeito
Pelo ápice deleitoso e intenso,
Ainda sente o corpo trêmulo
E enfraquecido, e seu coração
Mastigado ainda palpita
Acelerado sem saber
Que não estava prestes
A parar de bater!
Com o sangue esfriando,
Começa a sentir no pescoço
A marca púrpura da Tigresa,
Ou melhor, da esposa
– apenas sentirá as marcas
das unhas quando as costas
banhadas forem pela fria água!
As marcas dos dentes
Nas bordas do inchado
Hematoma de sucção
Mostram que foi um beijo
Mordido e fortemente sugado,
Dado com a boca bem aberta
Como se quisesse drenar
Toda sua vitalidade, libido
E virilidade a fim de sentir
O baixo-ventre inchado
(pleno deleite)!
Levanta-se com dificuldade
E olha para o belo corpo nu
E inerte sobre o leito de volúpia,
Totalmente abatido e molhado
Pelo amor felino e primitivo!
Enquanto contempla a nudez
Selvagem da bela fêmea,
Perfeita nas formas e traços
Japoneses que tanto o fascinam,
Volta a ficar excitado e deseja
Sentir suas pétalas aveludadas
De flor de cerejeira, provar
Seu abundante néctar viscoso
Que mais parece calda de cereja
– chama sua amada e desejada
carinhosamente de Sakura!
Deseja, mas decide deixá-la
Se recuperar sobre o leito
Para novos deleites e apenas
Fica olhando o objeto
Do seu amor e desejo
– prefere aproveitar o ensejo
de adormecer em seu seio!
Pensa em como ela
Compartilha com os felinos
O charme, a sedução e a graça,
A elegância e a leveza,
E como ao mesmo tempo
É vaidosa, astuta, corajosa
E inteligente como a Tigresa
– uma predadora exímia
e solitária que deixou
a solidão para se juntar
a ele na caçada, protegidos
na cumplicidade encantadora
e excitante da escuridão noturna!
Ainda confuso e sem entender
O que aconteceu, pensa se toda
Essa metamorfose de humano
Para animal está relacionada
À recente viagem à África
Com toda sua sensualidade
Selvagem; ao contato
Com as exóticas tribos
E seus sábios feiticeiros
– afinal, foi a viagem
alucinada ou mágica?
Ele começa a pensar
Que a selva temática chinesa
Da suíte evocou a Tigresa
No lugar das leoas e panteras
– a verdadeira Rainha da Selva,
muito mais poderosa
que qualquer outra felina,
perfeita para dominá-lo
completamente e devorá-lo!
Foi atacado entre as três
E as cinco da manhã:
Era a Hora da Tigresa
No Horóscopo Chinês
– como não ser dominado?
Ele a venera como o fazem
As multidões de asiáticos
E a vê sendo cavalgada
Por Tsai Shen Yeh, o deus
Chinês que jubiloso pagará
Pelo serviço com muitas riquezas
– não sente ciúmes ao vê-la
em posição tão agradável!
Dos Cinco Tigres chineses,
É a que guarda os caminhos
Do Leste, mas favorece
As terras férteis do Sul!
A vê como símbolo de fé,
Confiança incondicional,
Modéstia e generosidade,
Gentileza e afetuosidade!
Pensa nos incontáveis
Valores da esposa,
Forjada e trabalhada
Como o tamahagane
Em suas múltiplas camadas,
Conferindo resistência
E flexibilidade – resiliência!
Pensa em como esses valores
São complementados de forma
Deliciosa pelos seus irresistíveis
Talentos e dotes de Gueixa – mestra
na sedução e nas artes; pura Poesia!
Ainda pensando
No canto de Gueixa
E na dança da sedução,
Olha para a Katana ao chão
E se abaixa para recolher
O tesouro cultural japonês
Decorado com flores de cerejeira
Em todo o luxuoso Koshirae,
Como se cobrissem os cadáveres
Das almas que carrega em sua lâmina
– as almas dos ancestrais da esposa;
antiguidade de imenso valor –
Ou como se honrassem todas
As almas levadas em batalha!
Ao sentir o perfume
Do incenso a queimar,
Se lembra que quase perdeu
A cabeça, mas sobreviveu
À Tigresa, estando apto
A adornar o Kobuto,
Seu elmo Samurai,
Com a cabeça felina,
Embora agora deseje
Entregar a sua própria
Em uma bandeja
Para o banquete da fera
Ou apenas como troféu,
Perfumada com incenso,
Atestando sua supremacia,
Equilíbrio, força e realeza
– ao morrer anseia estar
coberto com flores
de cerejeira que caem
despetaladas como neve
no frescor da Primavera!
Ao pegar a espada
Se levanta e ao se virar
Nada vê: apenas sente
Presas no pescoço
E um forte impacto
Na lateral do corpo,
Levando-o ao piso
Frio e a desfalecer...
Julia Lopez
Enviado por Julia Lopez em 28/08/2014
Alterado em 06/12/2018
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