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II - A Feiticeira: Meditação Transcendente!
Com as pálpebras em repouso,
Medito sobre o drama
Da Lua à luz do Sol,
Quando me sinto diluir junto
À fumaça do incenso a queimar,
E quando percebo estou a tocar
A copa do grande salgueiro!
Olho para baixo e vejo
Meus longos cabelos vermelhos
Cobrindo meu belo torso nu
Como um véu de sangue
A escorrer em meio à clareira
Previamente preparada no bosque
Em meio aos mistérios da noite!
Em um átimo viajo
Para a órbita terrestre
E me sinto despida
Em posição fetal,
Com o Cordão de Prata
A sair do umbigo
– como havia indicado
Lobsang Rampa –
Tão esticado e longo
A perder-se nos abismos
Da Terra qual umbilical cordão
Preso ao útero de Gaia!
Pairando sobre o grande globo, abro o corpo
E extasiada observo a imensidão salmoura
A banhar a costa das poucas porções de terra
Sob teias espessas tecidas na trama do mundo
– sinto-o preso em minha encantadora teia!
Sinto-me plena, plena lua, lua cheia,
Mais que isso: uma fulgente estrela
Indeclinável aos olhos do mundo,
Que vê minha nívea nudez brilhar
Nessa experiência astronáutica
De origem transcendental!
Ouço um som metálico que vem
Do céu escuro e a ele volto
Os safíricos olhos delineados
Com o esplendor do lápis-lazúli
– do devaneio vaidoso volto!
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Esse Poema é parte integrante do Poema "O RITUAL".